sábado, 26 de fevereiro de 2011

Coisas (in)úteis VII

De como a pessoa 'errada' é, afinal, a certa

Pensando bem, em tudo o que vemos, vivenciamos, ouvimos e pensamos,
não existe uma pessoa certa para nós
Existe uma pessoa que, se pararmos para pensar pensar é,
na verdade, a pessoa errada
Porque a pessoa certa faz tudo certo
Chega na hora certa,
Fala as coisas certas,
Faz as coisas certas,
Mas nem sempre precisamos das coisas certas
Aí é hora de procurar a pessoa errada
A pessoa errada faz-te perder a cabeça
Fazer loucuras
Perder a hora
Morrer de amor
A pessoa errada vai ficar um dia sem te procurar
Que é para que na hora em que se encontrarem
A entrega ser muito mais verdadeira
A pessoa errada, é na verdade, aquilo que chamamos de pessoa certa
Essa pessoa vai-te fazer chorar
Mas uma hora depois vai estar enxugando as tuas lágrimas
Essa pessoa vai roubar o teu sono
Mas vai dar-te em troca uma noite de amor inesquecível
Essa pessoa talvez te magoe
E depois te enche de mimos pedindo o teu perdão
Essa pessoa pode não estar 100% do tempo ao teu lado
Mas vai estar 100% da sua vida esperando por ti
Vai estar o tempo todo pensando em ti
A pessoa errada tem que aparecer para todos
Porque a vida não é certa
Nada aqui é certo
O que é certo mesmo, é que temos que viver cada momento, cada segundo
Amando, sorrindo, chorando, emocionando, pensando, agindo, querendo, conseguindo
Em que dizemos: "Graças a Deus deu tudo certo"
Quando na verdade;
Tudo o que Ele quer
É que encontremos a pessoa errada
Para que as coisas comecem realmente a funcionar direito para nós.
(Luís Fernando Veríssimo)

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Dos melhores anos da minha vida (ou de como isto pode me parecer irónico)

(*)
As aulas começaram esta semana e já me sinto exausta. Os meus olhos parecem cansados e ando cheia de sono. E não se trata de "voltar ao ritmo", esperam-me momentos de estudo intensivo acompanhado por desespero, choro, baba e ranho. 
Por isso vou só ali voltar à faculdade, os livros chamam-me!

* aposto que, com a companhia certa (assim como o menino da foto), todo o estudo parecer-me-ia bem mais agradável

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

De como o sexo masculino se comporta ou de como podem chegar a parecer pequenos colibris


É que é vê-los saltitar de rapariga em rapariga (tal e qual colibris, a esvoaçar entre as flores para alimentar-se do néctar) a fazer juras de amor eterno.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Isso que chama de amizade


Certa vez disse a uma pessoa que gostaria de manter os meus amigos (daqueles que se contam pelos dedos de uma mão) comigo para sempre. A resposta foi, de imediato, que eu era ingénua e que tal não era possível, que as pessoas vêm e vão, que aqueles meus amigos que eu queria manter deixariam de ser especiais e viriam outros, assim como se de um ciclo se tratasse. Na altura tive pena da pessoa que proferiu tais palavras, "ele não deve saber o significado da amizade" pensei eu. Anos mais tarde, estas palavras que eu recusara acreditar, tornaram-se realidade. Daqueles amigos que eu tanto apreciava, ficou apenas um. Hoje percebo que a vida dá muitas voltas, que dói abrirmos o nosso coração, que as pessoas levam consigo pedacinhos de nós, que as palavras deixam de fazer sentido, que muitos poucos amigos são para sempre, e que grande parte deles são para aumentar a contagem do Facebook
Mas depois há aqueles que ficam, que apesar dos quilómetros de distância continua a haver a telepatia que era tão habitual, que com uns minutos de conversa e de boas palavras fazem ver que afinal há quem permaneça apesar das adversidades e procuram-se alternativas para manter a amizade. Ele é as mensagens pelo Facebook, ele é as mensagens de texto, ele é os e-mails, o Skype, os presentes de aniversário pelo correio e as chamadas. São eles que nos trazem à memória lembranças de momentos felizes. E isto (da amizade) é tão valioso, porque é altamente incerto encontrar pessoas com quem nos identifiquemos e que nos façam sentir bem. É por isso que quando elas se cruzam no nosso caminho não as podemos deixar escapar estupidamente.

Coisas (in)úteis VI

Palavras inteligentes

"Há coisas que desejamos e simultaneamente consideramos indesejáveis, há coisas que não desejamos mas desejaríamos desejá-las, há coisas que nos empenhamos em desejar e acabamos por desejar verdadeiramente, etc. Por vezes, o nosso querer é capricho, por vezes procura a excelência, por vezes é apetite e outras consciência cidadã ou afã de santidade" 
Fernando Savater in A coragem de escolher

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

"Quem sempre procura agradar, esquece-se de se agradar"

Beleza, inteligência, graça, atitude e simpatia são alguns dos atributos que as pessoas procuram atingir ou que pretendem que lhes sejam reconhecidos. Mas é impossível agradar a todos e ninguém deveria fazer disso o seu objectivo de vida. Claro que é gratificante quando os outros vêem em nós boas qualidades, mas isto apenas é possível a um grupo restrito. Ninguém pode "ser" em função de terceiros, porque além de resultar numa tarefa extenuante, acabamos por não "ser" nada. Porque se assim procedermos, seremos apenas um aglomerado de fragmentos que não nos pertencem, com os quais não nos identificamos. No final, seremos o somatório de pedaços, vontades, exigências e gostos alheios. Seremos vazios, meros estranhos a nós próprios. 
E eu gosto de sentir-me cheia de mim, gosto de ter ideias que contrariam aquilo que é comum, gosto das minhas particularidades e manias. Porque é isso que me define e me diferencia das restantes centenas de milhares de pessoas.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

De como as coisas eram e como são

Lembro-me que, quando era mais novinha,  no dia anterior ao início das aulas ficava em êxtase. Mal conseguia dormir e aguardava ansiosamente pelo amanhecer, para começar mais um ano, pelos livros, cadernos e lápis  novos e para rever os amigos. Gostava que a minha mãe me penteasse e fizesse um bonito rabo-de-cavalo. Sentia-me vaidosa ao estrear o uniforme impecavelmente engomado. E lá ia eu, feliz com o Mundo, enquanto levava às costas a minha recente mochila e nas mãos a minha lancheira da Minine. É assim que me lembro do começo de cada ano escolar, sempre acompanhado por muita curiosidade e com vontade de ir aprender e devorar livros. Com o passar dos anos, este entusiasmo foi sofrendo alterações (sem contudo, nunca perder o gosto pela escola). Ao mesmo tempo que me sentia feliz por voltar às aulas, um nervoso miudinho tomava conta de mim e ameaçava agravar-se de ano para ano. Cada ano lectivo começou a acarretar maiores responsabilidades e mais esforço e dedicação. No início foi uma nova escola , mais disciplinas, testes globais, exames nacionais e mais exigência por parte dos professores. 
Amanhã começo o 2º semestre e estou, exactamente, a meio da licenciatura. A pasta académica substituirá a mochila, não haverá nenhuma lancheira, a minha mãe, ali algures no Oceano Atlântico, não me vai pentear, umas simples calças de ganga, umas botas e um casaco farão a vez da minha saia azul escura com pregas, das meias altas brancas e da pólo com o emblema do colégio. Não posso dizer que estou entusiasmada como outrora me estive, mas sinto-me bem-disposta e com energia para os duros meses que se avizinham. Aquilo que quero? Confiança e determinação para continuar.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Hoje, no supermercado


Não tenho grande apreço pelo Dia dos Namorados (porque acho que é, acima de tudo, uma estratégia de mercado, uma alternativa para os maridos/amantes/namorados e afins se lembrarem daquilo que esquecem nos outros 364 dias do ano, porque é tudo muito forçado e fútil), mas hoje assisti a um episódio amoroso. Estava um senhor, no alto dos seus 60 anos, na secção dos peluches/rosas/bombonzinhos, indeciso no que havia de levar. Disfarçadamente, olhei para ele uns instantes  e fiquei derretida. Imaginei logo que devia estar casado há uns 30 anos, se calhar já com netos, e que apesar de partilhar mais de metade da sua vida com a mesma pessoa, dá atenção a estes detalhes, e que se empenha por mimar a sua esposa (a história do senhor pode ser outra completamente diferente desta, mas eu gosto de inventar ou pelo menos imaginar vidas para os desconhecidos). E para mim, este é o melhor presente que se pode dar ao/a nosso/a amado/a: momentos de partilha e cumplicidade, de felicidade e amor, momentos a dois. E não há nenhum objecto material que consiga superar isto.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

O que eu gostaria de dizer-te

(aviso à navegação: post altamente lamechas)
... que tenho saudades tuas, que sinto muito a falta das nossas conversas até de madrugada. Acho que nem tu próprio estás ciente daquilo que provocaste e ainda provocas em mim. Passados quase dois anos, continuo a pensar em ti, a rever mentalmente todas as coisas que dissemos, a forma como me chamavas, o teu jeito carinhoso, a tua personalidade, o facto de sermos capazes de falar durante horas e não esgotarmos as palavras. Não foi preciso muito tempo para que te considerasse especial, para que ficasse fascinada contigo e por cada detalhe teu, para precisar de ti. Por isso é que doeu tanto perder-te. Por isso é que doeu ter de cruzar contigo e esboçar apenas um leve sorriso ou um pequeno aceno ou nem isso
És o melhor homem que conheci até hoje e sei que dificilmente encontrarei alguém tão bom como tu. Por isso é que sei que ela tem toda a sorte do mundo por te ter ao seu lado e desejo-vos, sinceramente, toda a felicidade possível.
Tenho saudades tuas e não peço nada mais além da tua amizade.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Outro sorteio

Olá a todos!
Então, para comprovar as coisas boas que tenho dito acerca da marca, aqui vai o 1º sorteio do blog para que possam testar os produtos e comprovar a qualidade dos mesmos!


A/o sortuda/o vai poder levar para casa:
- o sérum Advance Techniques (best seller!) para pontas secas
- um verniz cremoso longa duração (até 10 dias!) na cor Cherry Jubilee
- um lápis de olhos Color Trend na cor Turquesa (maravilhoso!)



REGRAS:
Obrigatório:
- Ser seguidor do blog
- Deixar comentário com nome e email de contacto
- Divulgar no vosso blog com um post ou colocar na barra lateral (com foto e link para este post)
- Deixar link do post ou do blog onde foi divulgado!

O concurso está apenas aberto para Portugal e ilhas.
Podem participar até dia 8 de Março, dia da Mulher!
O sorteio será feito através do random.org.
O vencedor terá 3 dias para reclamar o prémio. 

Boa sorte a todos!
:)

Para quem quiser participar:

(Aqui)
"Olá queridas.. O outro sorteio esta mesmo a terminar e não podia deixar de vos mimar.. Trago comigo um novo sorteio..

Desta vez com parceria com a nossa querida Lúcia do blogoriperfume..




**Regras**


- Ser seguidor público do blog Estrelas Brilhantes

- Ser seguidor público do blog patrocinador blogoriperfume



- Divulgar o passatempo tendo assim uma entrada extra(no seu blog, facebook, twitter, fóruns ou outro site, deixando lá um link para a página deste passatempo)


- Por fim deixar um comentário neste post com o nome de seguidor, email para ser contactado e  caso divulgarem deixar o link(s) de onde divulgou o passatempo.
 


O passatempo decorrerá de 11 de Fevereiro e termina no 8 de Março de 2011, sendo o vencedor escolhido aleatoriamente através do programa random.org.
Após apurado o vencedor o mesmo será anunciado neste blog e contactado via email, de modo a facultar a morada para onde deseja que seja enviado o prémio.

Para participar terão de residir em Portugal (Continente e ilhas). Desculpem as meninas de fora.. Sorry..
 






Não se esqueçam também de ver o catálogo da Oriflame no site Oribeleza
 




**Boa Sorte**"

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

De como se pode vir a não gostar de uma coisa que toda a gente elogia

Para alguém, como eu, que não gostou do filme Black Swan (é que toda a gente diz mil maravilhas e eu não consigo apreciar nem um pouquinho), acharia mais graça a uma versão destas:

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

O meu maior medo

Envelhecer. Sim, tenho pavor de envelhecer, e não se trata de temer a flacidez, as rugas, os cabelos brancos ou demais mudanças físicas. Trata-se da perda de autonomia, da possibilidade de a solidão ser a minha única companheira, de ficar a assistir a partida de todos. E isto eu não serei capaz de enfrentar. É claro que também há a possibilidade de vir a ser uma idosa feliz, lúcida e com familiares e amigos à volta, mas apenas consigo prever para mim o primeiro cenário.
Eu sei (porque acompanhei de perto os últimos seis anos de vida da minha avó) o quão horrível e doloroso  pode ser o processo de envelhecimento. Ser-se alguém activo e cheio de energia e aos poucos tornar-se outra pessoa. Não ser capaz de caminhar por sua própria conta, de gozar de todas as faculdades mentais, de depender de terceiros para tudo, tudo mesmo. Há muitos momentos de tristeza, de aflição, de dores, de sentimentos de impotência e desespero. De certo modo, acho que envelhecer é uma coisa um pouco cruel. De que vale termos a oportunidade de vivermos durante mais anos se ficamos a definhar numa cama? De sentir que somos um fardo para os outros? De sermos atirados para uma "casa de repouso"? De sermos abandonados pelos filhos, sobrinhos ou netos? De que o nosso corpo possa vir a ser encontrado, na cozinha, 9 anos depois da nossa morte e praticamente ninguém dar por isso? E isto deixa-me aterrada. Porque quando ouso expressar estes receios a qualquer pessoa, a primeira reacção é de riso (como se eu estivesse a dizer alguma anedota), mas isto é algo que realmente me inquieta. 

Das minhas leituras

É inútil deixar para amanhã o que amanhã me será tão difícil ou impossível de fazer como hoje
Fernando Savater in A coragem de escolher

Gosto de livros assim: escritos por pessoas fantásticas e inteligentes, que, com frases destas logo na primeira página, captam a minha atenção.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Mundo moderno

Isto das novas tecnologias é uma coisa muito bonita, a pouco e pouco temos vindo a ver a nossa vida ser facilitada em muitos aspectos. Passamos a estar contactáveis a todo momento, a ter acesso a informação nacional e internacional 24 horas por dia, a ter novas e diferentes formas de entretenimento, a podermos fazer coisas que há um século atrás eram impensáveis, a ajudar o nosso trabalho e até criar novas profissões. Mas se é certo que no dia-a-dia temos beneficiado destes avanços, não podemos esquecer que elas (as novas tecnologias) também têm o poder de desorganizar as relações sociais. Hoje basta trocar uma mensagem, seja através do telemóvel, facebook, hi5, ou outra coisa qualquer, e damo-nos por satisfeitos por ter “falado” com as pessoas. O desenvolvimento técnico tem vindo a substituir a troca de palavras, a presença, a interacção cara-a-cara e se pensarmos no assunto, isto chega a ser um bocadinho triste.
Isto tudo para falar mais especificamente do fenómeno do facebook. Como é já do conhecimento geral, esta rede social é algo muito interessante e tem muito que se lhe diga. Ali assiste-se a uma troca massiva de informações pessoais (ou não). Muitos utilizadores expõem-se de tal maneira que é possível manter-se informado acerca da vida alheia bastando apenas uns cliques. Desde o início e fim das relações amorosas, às férias, às companhias, às amizades, aos animais de estimação, à família e até aos gostos pessoais, está tudo ali à nossa disposição. Já vi muita coisa neste mundo facebookiano: pessoas que exibem as variações da sua vida amorosa, pessoas que vão comprar cera para fazerem a depilação, pessoas que passam nos exames ou que chumbam, pessoas que manifestam o seu estado emocional, as bebedeiras e figuras da noite anterior, enfim, tudo! Quando (inocentemente) pensei que já nada me poderia surpreender, eis que o destino me mostra que estava errada. Não é que hoje ao aceder à dita página vejo que um dos meus “amigos” fez questão de partilhar que tinha sido apanhado a cabular num exame??? Sim, ele descreveu a cena toda e mostrava-se muito triste, porque ao que parece a professora até gritou com ele (coitadinho) e no final, até se sentiu envergonhado (então porque não seguiste em frente e guardaste este belo episódio da tua vida só para ti?!).
A sério, porque é que as pessoas não são um bocadinho mais reservadas? A privacidade é tão bonita, sabe bem termos coisas só para nós, coisas que não estão à exposição de centenas de pessoas. É que no fim das contas, muitos acabam por ser gozados mesmo sem o saberem.

E sim, apesar de poder parecer contraditório, eu também faço parte deste mundo, mas o meu perfil funciona sob regime de censura (da minha parte e dos outros).
Alteração de última hora: também se podem ver brigas entre casais no facebook. Acabei de ter esse privilégio (not). É momento para perguntar: "que mais tens para me mostrar querido Facebook?!"

domingo, 6 de fevereiro de 2011

"Estou normal". É esta a resposta que ultimamente dou a quem me questiona sobre o meu estado de espírito. Há quem não goste desta resposta, dirão que é muito ambígua e que acaba por não dizer nada sobre mim. Mas cansei de dar justificações sobre coisas que não quero explicar. Por isso, sim, estou bem.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Às pessoas que não sabem apreciar o lado "B" da vida

Se há coisa que me irrita profundamente é ouvir os lamentos/queixas daqueles a quem a vida só lhes dá motivos para sorrir. Um dia perco as estribeiras e proponho um jogo, as regras seriam muito simples: cada um daria argumentos para justificar a sua suposta miserável vida. E não quero parecer presunçosa, mas ganhar-vos-ia e assim aprenderiam a ficar calados e dar valor ao (muito) que têm. É que faz-me espécie ver o tipo de pessoas que choramingam da "tristeza" dos seus dias. Analisemos então o perfil destes seres: pessoas que têm uma boa casa, bons carros (sim, porque para mim, alguém que tenha um Mercedes perde a credibilidade para lamentar a sua situação financeira), pessoas que todos os anos vão de férias para o estrangeiro, que não devem empréstimos, pessoas que têm a sua própria empresa ou que são sócios de alguma companhia. Sim, eu conheço pessoas cuja vida é mesmo esta. Por vezes acho que estão a gozar comigo quando os queixumes vêem de indivíduos deste género. É que elas não serão capazes de olhar para além do seu pequeno umbigo? É que, vejamos, há pessoas cuja vida não é, nem nunca foi, um mar de rosas: pessoas que não sabem o que é fazer férias, que dependem da ajuda do Estado para poderem estudar, ou para ir ao supermercado, pessoas que não têm carros de luxo, ou então nem chegam a ter nenhum tipo de carro, pessoas que contam os dias até receberem a bolsa de estudo ou outro tipo de apoio governamental para poderem satisfazer as suas necessidades, pessoas que durante todo o mês levam o dinheiro contado até os últimos cêntimos, pessoas com problemas familiares e judiciais, pessoas cuja casa onde vivem está a dar as últimas, pessoas com problemas de saúde e sem dinheiro para lhes dar o devido tratamento, pessoas que, apesar de jovens, já passaram por tanta coisa. 
Eu não lamento a vida que tenho tido até agora, estaria a mentir se dissesse que não gostaria que esta tivesse sido diferente em alguns aspectos, mas queixar-me aos outros não resolverá nada e dispenso olhares de pena. Não sou uma coitadinha. É verdade que os meus bolsos não transbordam dinheiro e alguns euros a mais me permitiriam comprar alguns momentos de felicidade, mas há coisas mais importantes. Tenho saúde, comida quente ao fim do dia, um tecto e uma cama e vontade de estudar e um dia vir a trabalhar. Não tenho porque impingir os meus problemas aos outros (e agradecia que não o fizessem comigo). Hoje, especialmente, está um bonito dia lá fora, o sol brilha e a vida dá-nos muitos motivos para ser felizes, então vamos agarrar essa possibilidade!

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Início de uma rotina


Não propriamente por motivos depressivos, mas foi assim que comecei o meu dia. Vesti o fato de treino, uma sweet e saí de casa (incrivelmente bem disposta), juntamente com o mp3. Como banda sonora, tinha estes senhores e como imagem de fundo tinha o rio Mondego em todo o seu esplendor. Uma calma e paz interiores apoderaram-se de mim e apesar de cansada e ofegante, senti-me maravilhosamente bem. É certo que ainda é o primeiro dia daquilo que espero vir a tornar numa rotina, mas vou empenhar-me e combater a preguiça que muitas vezes se abate sobre mim.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Sim, um dia

Aos novos dias

É verdade, ao crescermos vamo-nos despedindo de algumas coisas, de alguns comportamentos e opiniões. (na maioria dos casos) Tornamo-nos maturos, responsáveis, ponderamos as nossas acções, vêem as preocupações e muitas outras coisas. Não vejo o crescimento como um processo de "perda". Na minha opinião, a própria palavra aponta para evolução, para o desenvolvimento pessoal, para a (nossa) descoberta. Se tivesse de escolher o momento que melhor representa o meu crescimento, seria a entrada para a faculdade. Marcada por dias bons e outros menos agradáveis, a minha vida universitária exigiu muitas mudanças. Passei a ter de contar apenas comigo, a tratar das minhas coisas, tive de aprender a gerir o tempo e o dinheiro e criar novas rotinas. Apesar de por vezes ser atacada por momentos de nostalgia e de vontade de desistir de tudo, não mudava nada. Se não tivesse saído de casa e sobrevoado o Oceano, neste momento seria outra, não me conheceria tão bem, teria sido incapaz de dar o salto para A vida e, acima de tudo, não teria aprendido tudo o que com algum custo tenho vindo a perceber sobre o Mundo.
Passei demasiado tempo magoada com o presente e, como tentativa de solução, refugiava-me nas recordações do passado. Em conversa com uma amiga, ela dizia que 2009 tinha sido o melhor ano da sua vida, na altura estávamos prestes a acabar o secundário, fizemos novos amigos, tivemos bons momentos, é verdade. Mas a minha única resposta foi "Também achei 2009 um bom ano, foi o último do secundário, tinha bons amigos e diverti-me, mas foi isso. As coisas mudaram e eu mudei e já não quero mais 2009's na minha vida." Acho que foi neste preciso momento que percebi que tinha feito as pazes com o hoje, parei de recordar com saudosismo aquele ano. Aquele grupo de cinco rapariguinhas inseparáveis desde o 10º ano seguiram caminhos diferentes, agora, em distintos pontos do país, têm novas vidas e novos amigos. Não sei se também têm saudades daqueles tempos, mas eu segui em frente e tenho esperanças de viver momentos mais felizes que aqueles de 2009.
Por vezes temos de "remover" algumas coisas das nossas vidas. E eu fi-lo, muitas pessoas se foram e ficaram as lembranças, mas dei as boas-vindas ao agora e ao amanhã!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Coisas da minha vida I


Sabes que és uma medricas quando tens análises para fazer e ficas logo em pânico. Pensas "oh meu Deus, agulhas!!!" e/ou "oh céus, uma agulha vai perfurar a minha veia e sugar-me-á o sangue!!!" (para uma melhor ilustração da cena, acrescentar tremores e mãos a puxar os cabelos, a imagem do post serve também). Chega o fatídico dia e vais para o laboratório com os joelhos a fraquejar e pensas que as tuas pernas vão ceder e irás rebolar pelas escadas abaixo. Chegado ao local, entras no consultório e a primeira coisa que dizes é: "Olhe, eu não gosto de agulhas, portanto pedia-lhe que tivesse jeitinho". Apesar de não o ter demonstrado, a analista deve ter tido vontade de xingar-me, mas suponho que por motivos profissionais e éticos controlou o seu impulso. De seguida, para evitar alguma desgraça, pediu-me para me deitar e assim que passou o álcool no meu imaculado braço, tive um arrepio e já conseguia antecipar a dor que se avizinhava. Passado aquele momento em que a maldita agulha perfura a tua pele, percebes "ah, afinal não doeu assim tanto. Uma picada, algum desconforto, mas já está". Mas não, isto não se ficou por aqui. Devo ter ficado branca ou os meus olhos devem ter começado a girar freneticamente porque de seguida entra a senhora que estava na recepção com água e bolachas. É então que vês duas mulheres à tua volta a perguntar se estás bem e tu... tu dizes que sim, mas sentes-te com muito frio e pensas para contigo própria "Caramba, C. como pretendes um dia vir a ter filhos (três, ainda por cima!), se te acontecem estas coisas com simples análises?!". Fiquei muito tempo deitada naquela cadeira a inspirar e expirar, a inspirar e expirar. Deu para pensar na vida e ver três (!!!) tubos com o teu sangue e a pensar que aquele laboratório deve ter alguma parceira com uma comunidade de vampiros quaisquer.
Mas cá estou eu, com menos sangue, mas sobrevivi!