terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Coisas da minha vida I


Sabes que és uma medricas quando tens análises para fazer e ficas logo em pânico. Pensas "oh meu Deus, agulhas!!!" e/ou "oh céus, uma agulha vai perfurar a minha veia e sugar-me-á o sangue!!!" (para uma melhor ilustração da cena, acrescentar tremores e mãos a puxar os cabelos, a imagem do post serve também). Chega o fatídico dia e vais para o laboratório com os joelhos a fraquejar e pensas que as tuas pernas vão ceder e irás rebolar pelas escadas abaixo. Chegado ao local, entras no consultório e a primeira coisa que dizes é: "Olhe, eu não gosto de agulhas, portanto pedia-lhe que tivesse jeitinho". Apesar de não o ter demonstrado, a analista deve ter tido vontade de xingar-me, mas suponho que por motivos profissionais e éticos controlou o seu impulso. De seguida, para evitar alguma desgraça, pediu-me para me deitar e assim que passou o álcool no meu imaculado braço, tive um arrepio e já conseguia antecipar a dor que se avizinhava. Passado aquele momento em que a maldita agulha perfura a tua pele, percebes "ah, afinal não doeu assim tanto. Uma picada, algum desconforto, mas já está". Mas não, isto não se ficou por aqui. Devo ter ficado branca ou os meus olhos devem ter começado a girar freneticamente porque de seguida entra a senhora que estava na recepção com água e bolachas. É então que vês duas mulheres à tua volta a perguntar se estás bem e tu... tu dizes que sim, mas sentes-te com muito frio e pensas para contigo própria "Caramba, C. como pretendes um dia vir a ter filhos (três, ainda por cima!), se te acontecem estas coisas com simples análises?!". Fiquei muito tempo deitada naquela cadeira a inspirar e expirar, a inspirar e expirar. Deu para pensar na vida e ver três (!!!) tubos com o teu sangue e a pensar que aquele laboratório deve ter alguma parceira com uma comunidade de vampiros quaisquer.
Mas cá estou eu, com menos sangue, mas sobrevivi!

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