domingo, 27 de março de 2011

Isto de viver em frente a um estádio de futebol

permite-me ver muitas coisas e chegar a conclusões apenas com um breve olhar sobre a minha janela.
Quando se trata de futebol, os homens adoptam as atitudes mais primitivas que se podem imaginar. É vê-los a dançar (pulos ridículos, mais precisamente) de garrafa na mão enquanto insultam todos aqueles (mesmo sem nunca os ter visto na vida) que sejam da equipa rival. E isto, parecendo que não, é tão estúpido que se os próprios tivessem noção da sua figura tornavam-se fãs do golf ou do curling.

sábado, 26 de março de 2011

Foi a Lua Escondida que, através deste post, me deixou a pensar: sou a pessoa favorita de alguém? Se calhar, há uns tempos atrás, teria respondido que sim. Mas, neste momento, a questão paira sobre a minha cabeça e entre um misto de incerteza e mágoa sou incapaz de aprontar uma resposta.


Eu também diria que sim (!!!)


sexta-feira, 25 de março de 2011

Viva a intolerância!

Nos últimos dias toda a gente se tem pronunciado sobre a demissão de Sócrates e eu, para não ser uma político-excluída, também dei o meu parecer. Tenho uma opinião muito própria. Já não era a primeira vez que o Senhor Primeiro Ministro ameaçava à oposição com a sua demissão caso visse serem impostos obstáculos aos seus propósitos. Desta vez não foi excepção; tal qual um miúdo mimado numa loja de doces, achou conveniente fazer birra se não lhe fosse dado o que que pretendia. Pois eis que a oposição, cansada já de andar ao sabor das vontades do Excelentíssimo Senhor, opôs-se redundantemente (uma vénia para eles!). 
É então que se decreta um estado de calamidade nacional! Ele é o FMI, ele é a crise política iminente, ele é o aumento do IVA, ele é as eleições, ... Então mas como é que podem ser descritos os últimos seis anos de governação do PS? E os PEC's? E o Orçamento de Estado de 2011? Os cortes com a saúde, segurança social e educação? Foram todos atingidos um estado de amnésia repentina? Pelo discurso que anda a circular pelos meios de comunicação parece que só agora é que a crise nos ameaça...
Aquilo que suscita mais interesse aqui é a incapacidade de as pessoas ouvirem comentários que vão contra os seus ideais. Eu peço imensa desculpa (ou não), mas não tenho por que seguir o rebanho, posso (e devo) ter a minha opinião e não me deixar levar pela maioria. Assim como não posso criticar quem queira votar novamente em Sócrates, também não deveriam atacar as minhas opiniões (pronto, é isto. Estou um bocadinho revoltada)! 

Aquilo que mais gosto é que os sítios e pessoas menos esperados nos dêem a conhecer coisas maravilhosas como esta


É Proibido
É proibido chorar sem aprender,
Levantar-se um dia sem saber o que fazer
Ter medo das suas lembranças.

É proibido não rir dos problemas
Não lutar pelo que se quer,
Abandonar tudo por medo,

Não transformar sonhos em realidade.
É proibido não demonstrar amor
Fazer com que alguém pague pelas tuas dúvidas e mau-humor.
É proibido deixar os amigos

Não tentar compreender o que viveram juntos
Chamá-los somente quando necessita deles.
É proibido não ser tu mesmo diante das pessoas,
Fingir que elas não te importam,

Ser gentil só para que se lembrem de ti,
Esquecer aqueles que gostam de ti.
É proibido não fazer as coisas por si mesmo,
Não acreditar em Deus e fazer seu destino,

Ter medo da vida e dos seus compromissos,
Não viver cada dia como se fosse um último suspiro.
É proibido sentir saudades de alguém sem se alegrar,

Esquecer os seus olhos, o seu sorriso, só porque seus caminhos se
desencontraram,
Esquecer seu passado e pagá-lo com seu presente.
É proibido não tentar compreender as pessoas,
Pensar que as vidas deles valem mais que a tua,

Não saber que cada um tem  o seu caminho e a sua sorte.
É proibido não criar a sua história,
Deixar de dar graças a Deus pela tua vida,

Não ter um momento para quem necessita de ti,
Não compreender que o que a vida te dá, também te tira.
É proibido não buscar a felicidade,

Não viver sua vida com uma atitude positiva,
Não pensar que podemos ser melhores,
Não sentir que sem ti este mundo não seria igual.

Pablo Neruda

domingo, 20 de março de 2011

Gostava de, no final da minha vida, dar uma resposta assim

"No outro dia, numa entrevista dada em Lisboa, perguntaram-me «E agora que você tem tudo, um prémio Nobel, a glória, a fama, isto e aquilo. O que quer mais?». E eu respondi-lhe «Tempo. Vida. Tempo e vida para continuar com o meu trabalho, com a minha mulher e para viver como tenho vivido até agora. Para alimentar-me e fazer frutificar a felicidade que é a minha, a felicidade que é nossa »" (José Saramago in José y Pilar)

A Primavera é linda, mas...

... pessoas de Portugal, tenham cuidado! Eu sei que começam os dias lindos de sol e de temperatura mais amena e que apetece mostrar mais um bocadinho da pele, mas peloamordedeus (!!!) tenham em atenção à vossa indumentária. É que ninguém merece ver, num dia tão maravilhoso como este, as costas peludas de umA senhorA (blherrk)

sábado, 19 de março de 2011

quinta-feira, 17 de março de 2011

Excesso de higiene?

"Elas tomam banho três vezes por semana", dizia-me uma colega a propósito das raparigas com quem partilha a casa. A frase foi dita com toda a naturalidade do mundo e eu não pude deixar de ficar espantada. Perante a minha reacção, ela apressou-se a justificar "mas elas limpam-se (?) todos os dias".
Ora, eu devo ser muito porca, porque preciso de tomar banho diariamente (sem excepção), caso contrário, começo a sentir-me "suja". E não quero saber daquelas teorias de que faz mal à pele e mimimi. Prefiro ver-me descamar tal e qual uma cobra, do que deixar de tomar banho em prol da poupança ou de questões dermatológicas. 

segunda-feira, 14 de março de 2011

É este o século XXI?

A minha prima está no 5º ano. Lembro-me que há poucos anos atrás ela me procurava todos os dias para brincarmos às bonecas e fazermos desenhos. Para todos os efeitos, é ainda uma criança.
Recebi ontem tempo um pedido de amizade no fantástico mundo do Facebook (ironic mode on), era ela, a minha pequena prima. A sua data de nascimento aponta para 1987 (oi??), na sua foto principal nota-se que tem os olhos pintados e já começam a ser visíveis os comentários que deixa nos perfis da rapaziada.
Sei que os tempos eram outros, mas foi muito mais tarde que eu descobri a Internet e demorei ainda mais até chegar às redes sociais. Não posso deixar de me sentir antiquada, mas esta emancipação, esta vontade de crescer antes do tempo, esta vontade de ter tudo agora começa a adoptar dimensões preocupantes e as crianças deixam de ser crianças cada vez mais cedo.

Não ver nada além do próprio umbigo*

É engraçado ver pessoas queixar-se que terão de passar cinco semanas sem ir à casa ou apenas um fim-de-semana. 
30 de Dezembro foi a última vez que vi a minha mãe, e a próxima será no final do semestre, lá para Junho ou Julho. Mas não me queixo, quando fiz as minhas escolhas, sabia muito bem o que elas implicariam.
E sim, eu também tenho saudades (muitas!). Sinto falta da boa comida, de ter alguém que me ajude e que me mime.

* detesto estas reacções do tipo "É o horror, o drama, a tragédia!", quando há coisas bem piores que os nossos insignificantes problemas

domingo, 13 de março de 2011

Enrascada eu? Não

Numa altura em que "geração rasca" ou "parva" são assuntos do dia, não podia deixar de expressar a minha opinião. E, apesar de estudante no ensino superior, no auge dos seus 19 anos, não me auto-incluo nesse movimento tão apregoado pelo país. Estou certa que reúno todas as condições necessárias para fazer parte dos "enrascados", mas fazer-me de coitada nunca foi o meu forte, pelo que prefiro manter-me à margem desse alvoroço.
A este ponto convém esclarecer alguns aspectos: não, eu não sou rica, nem ando lá perto; não sei o que é fazer férias; não tenho carro, nem muito menos carta de condução; não vou a festivais de Verão; os meus pais não têm um Mercedes, mas sim um Fiat Uno de 1991, não tenho casa de férias, mas uma humilde habitação; lojas como Quebramar, Throtleman, Mango e outras do género, por muito lindas e maravilhosas que sejam, estão fora do meu alcance; produtos de marca branca fazem parte do meu quotidiano; dependo de uma bolsa de estudos (que foi reduzida) para continuar a estudar; em doze meses, volto à casa apenas duas vezes; desde que entrei na Faculdade que nunca mais pedi um cêntimo aos meus pais, porque sei que não mo podem dar.
Se calhar até tenho motivos mais que suficientes para sair à rua e protestar, mas não o faço. É certo que o país está a passar por uma fase de contornos difíceis, mas perante isto não tenho senão de levantar a cabeça e sacar das minhas garras e lutar, mas lutar por mim e pelo meu futuro e, sinceramente, não tenho sequer uma réstia de esperança nos protestos dos "enrascados".
Se não penso no amanhã? Sim, e temo-o, mas estou disposta, se for necessário, a ir para trás de uma caixa de supermercado, enquanto procuro dar continuidade à minha formação.
São contextos diferentes é certo, mas a verdadeira crise vive-a África, enquanto por cá, no nosso Portugal, há jovens "enrascados" que têm carros topo de gama, destinos de férias paradisíacos, que se mantêm a par de todos os concertos, que vão aos sítios da moda e que esbanjam o seu dinheiro em outras futilidades.
E não, não me estou a resignar com a minha situação, muito pelo contrário, tenho sonhos e planos, mas não me vou acomodar, sentar-me a um canto, enquanto me intitulo de enrascada e espero que a solução caia dos céus.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Mensagem a reter

(e sim, eu gosto [muito] de Harry Potter)

quinta-feira, 10 de março de 2011

"It's okay not to be okay"


Volta e meia canso-me. Canso-me de servir de espécie de muro de lamentações dos outros.Canso-me do egocentrismo. Canso-me de estar rodeada por pessoas com as quais tenho pensar antes de falar. Canso-me que não dêem a mínima para mim. Canso-me da inveja e das pessoas mesquinhas.
Desde muito cedo aprendi que não posso ficar à espera dos outros (e da sua companhia) para fazer seja o que for, mas está na hora de reforçar esta ideia. Vai daí e começo a traçar planos, a desenhar objectivos que só me incluem a mim porque de outra forma não faria nada com a minha vida. Sei que estou a construir muros à minha volta, autênticas fortalezas intransponíveis, mas de nada (me) vale baixar as defesas. 

terça-feira, 8 de março de 2011

Saber respeitar as diferenças

São constrangedoras as conversas entre amigos que, invariavelmente, vão dar aos áureos tempos de infância, nos quais eu me remeto ao silêncio. Uns mais do que outros têm dificuldade em perceber que eu nasci e cresci noutro continente, logo desconheço muitas das pérolas que toda a gente parece adorar e recordar com saudosismo. Carrinha mágica, D'Artacão e muitos outros desenhos animados, músicas e jogos (que eu nem sei que existem ou existiram) não fazem parte das minhas lembranças enquanto criança e só por este facto olham para mim como vinda de um planeta distante.
Ora a única coisa que me incomoda é o facto de ser impelida a gostar de todas estas coisas só porque sim, porque lá por constituírem boas recordações para a maioria das pessoas, o mesmo tem de suceder comigo. Então lamento, mas já vou um pouco tarde para começar a tomar-lhes o gosto.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Sem príncipes, nem cavalos brancos

Não são os abdominais, biceps, triceps e afins bem definidos, o corte de cabelo da "moda", a roupa de marca, nem os relógios, telemóveis e outros acessórios xpto. Não, não é nada disto que eu aprecio no sexo oposto. Mas, então, o que é que gosto eu num Homem? Apenas duas coisas, duas coisas muito pequeninas e simples: da inteligência (e, por conseguinte, que fale tão bem que me deixe num estado de transe) e da barba de três dias. É isto, e só isto é tão suficiente!

sexta-feira, 4 de março de 2011


Ali a ac deixou-me um selinho, então vamos a isso (com algum atraso...)

Sete coisas sobre mim:
- "Homicídio conjugal em Portugal" foi o livro que mais gostei de ler para a Faculdade (sou um bocadinho 'sinistra' e gosto muito destes assuntos);
- Gosto de fazer tarefas domésticas;
- Não gosto de telemóveis (pode soar estranho vindo de alguém que tem dois), nem gosto de mandar sms's;
- Gosto de escrever à mão;
- Não gosto de política;
- Odeio qualquer tipo de chá;
- Tenho desenvolvido uma paixão pelas cores branca e nude.

Quanto a passar o selo, nunca fui boa nestas coisas das correntes, por isso se alguém que passar por cá e o quiser levar... :)

quinta-feira, 3 de março de 2011

quarta-feira, 2 de março de 2011

Ingenuidade é...


... pensar que na Universidade vais lidar com pessoas maturas. Pessoas que dispensam intrigas e conflitos fundados na mesquinhez. Nada mais errado, mas isto deve estar incluído nos conhecimentos que se adquirem nesta vida académica.

terça-feira, 1 de março de 2011

Eu estudiaholic, me confesso

Gosto de estudar, sempre gostei. Gosto da sensação dos dias preenchidos, de passar o dia entre as faculdades e a biblioteca e depois, à noite, aterrar na cama (sentindo que estou prestes a falecer), gosto da sensação do cansaço. É por isso que as aulas, por si só, não são suficientes para saciar este meu espírito hiperactivo. Eis então que de vez em quando me dedico a uma busca desenfreada por cursos, conferências ou workshops, qualquer coisa que me possa parecer útil e, ao mesmo tempo, interessante. Detesto sentir que o tempo passa por mim e eu não o aproveito, evito desperdiçar horas sem fazer nada e aplico-as em coisas que, um dia, serão benéficas para a sociedade (assim espero). E é por isto que odeio que, perante a azáfama dos meus dias, digam, em tom de desdém "quando menos eu fizer, melhor!". E se calhar é precisamente por isto, para "escapar" de algumas pessoas, que sou 'viciada' em estudar. Porque enquanto estudo não tenho de lidar com atitudes infantis vindas de pessoas adultas, nem intrigas de pessoas que deveriam repensar a sua vida. É nos livros que encontro um refúgio, é nas salas de conferência ou em bibliotecas que me sinto bem por estar rodeada de pessoas empenhadas e gosto, acima de tudo, de ter conversas inteligentes (tão inteligentes que me fazem querer aprender mais e mais) com pessoas que acabei de conhecer há 5 minutos.