quarta-feira, 29 de junho de 2011

Expectativas, essas malvadas!

Desde criança percebi que não podia criar ilusões sobre nada. Impus, desde muito cedo, limites às minhas esperanças sobre o que fosse. Foram muitas as vezes em que o meu pai fazia promessas que acabavam por cair no seu esquecimento, criando em mim um efeito acumulatório de mágoa.
Na semana passada, deixei que as esperanças me toldassem as ideias. Fui pré-seleccionada para um estágio de Verão e assim que soube da notícia permiti-me (erradamente) achar que tinha oportunidade de conseguir. Seria para trabalhar durante todas as férias, recebendo um pequena bolsa de estágio que mal cobria as despesas de deslocação e alimentação, mas, no entanto, estava radiante com a ideia. Seria um oportunidade inigualável e não me ralava ver as férias passarem-me ao lado.
Fiz 228 kms, quando no dia a seguir tinha um exame, para ir à entrevista. O estágio começa em Julho e não obtive nenhuma resposta e é isto que me deixa triste. Eu consigo lidar com o facto de não ter sido escolhida, mas era tão bom que aqueles senhores se dignassem a um telefonema :(

É o único que tenho a dizer

Sempre que vou no banco da frente coloco o cinto, mas achava (estupidamente) que atrás era desnecessário, que não há "tanto perigo". Sei que não deviam acontecer acidentes graves para nos apercebermos da importância de algumas coisas, mas hoje, a partir de hoje, passarei a não esquecer este (grande) pormenor.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

A propósito de fanáticas religiosas que se encontram nas paragens de autocarro*

Lembro-me que antes (quando era mais nova) rezava todas as noites antes de adormecer, lembro-me de pedir-Lhe fervorosamente por coisas, lembro-me de acreditar. Com o tempo isto foi ficando para trás. Coisas que foram acontecendo à minha volta contribuíram para a minha revolta e consequente descrédito.
Hoje não acredito que exista um Deus, ou outra entidade divina. Sem querer ferir susceptibilidades, acho que as pessoas acreditam Nele porque precisam de acreditar, precisam de ter fé em alguma coisa. Voltam-se para Ele nos momentos mais difíceis na esperança de que se depositarem as suas esperanças e vidas nesta crença, as coisas mehorarão.
(correndo o risco de parecer um pouco egocêntrica) De certa forma, acho que precisamos de ser os nossos próprios Deuses, confiar em nós e nas nossas capacidades de alcançarmos tudo o que nos propomos. Não podemos, pura e simplesmente, colocar-nos à mercê de uma abstracção e esperar que as coisas aconteçam por si.

* mais uma vez assisti a algo muito estranho na paragem de autocarro. Tratava-se de uma senhora que intercalava cânticos religiosos com ameaças e condenações à humanidade. Frases como "somos panos cheios de imundície", "vamos morrer carnal e espiritualmente por ignorar a palavra do Senhor" e outros disparates eram por ela proferidos.

sábado, 25 de junho de 2011

A "pior" invenção do Homem

Aqui já tinha falado daquela que considero ser a melhor invenção feita pelo Homem, cabe-me agora debitar sobre a pior coisa já inventada. E a minha escolha vai para (rufar dos tambores) o telemóvel!. Se, por um lado, ele é extremamente útil, por outro, é simplesmente estúpido e isto dos tags, moches e extravaganzas apenas veio piorar a situação já de si má.
É que as pessoas ficaram completamente dependentes. Mandam-se centenas de mensagens de texto inúteis, desde o "fiz xixi" ou "estou a comer x ou y" até às pseudo declarações de amor.
É como se o telemóvel tivesse uma espécie de íman que as impedisse de o afastar das suas mãos. Enviam-se mensagens ou fala-e ao telemóvel enquanto se come, enquanto se está na biblioteca, no autocarro, na casa de banho, enfim, todo e qualquer sítio é propício para dar uso a este pequeno objecto.
E sim, eu tenho telemóvel, mas para ser sincera, detesto escrever sms's (porque tenho sempre muita coisa a dizer, o que faz com que as ditas cheguem a ter 5 partes). Uso-o apenas para o que é essencial e o resto? O resto fica para o tête à tête.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Afinal, quão importante é ser-se "bonito/a"?

Achar que a "beleza se traduz em felicidade e sucesso" é muito errado. Não se pode reduzir uma pessoa à sua aparência física, mas ela é, contudo, importante. É aquilo que mostramos aos outros, mesmo antes de nos conhecerem, é aquilo que nos representa, mas a sua importância não deve ser levada ao extremo, como relata esta notícia
Na verdade, tem-se assistido a uma "padronização" da beleza: tudo se reduz a um 90-60-90 acompanhado por roupas da moda e uns dentes e cabelo perfeitos. Cria-se uma imagem daquilo que é desejável em termos estéticos e são, muitas vezes, catastróficos os resultados desta procura inconsciente.
Na minha opinião, a beleza é muito mais do que uma bonita imagem, ela pode traduzir-se numa boa conversa, em confiança, num bom sentido de humor, em simpatia. 
E é por isso que devemos sempre olhar para além da primeira impressão que os nossos sentidos nos dão.



quarta-feira, 22 de junho de 2011

Terei sido a única a chorar ao ver este filme?


É um dos meus filmes de infância favoritos. Mas lembro-me de que enquanto via esta cena pela primeira vez, lágrimas escorreram pelas minhas minúsculas bochechas. Perguntava-me desconsoladamente "porquê? porquê?" e balbuciava "mas não pode ser. Ele é o pai do Simba..."
Passados alguns anos, a minha extrema facilidade para o choro mantém-se e estou certa que se visse o filme novamente, o meu triste episódio repetir-se-ia.

Bizarrices da "minha" cidade II

Se já é mau ver um homem "coçar-se" lá em baixo assim, como se nada fosse, no meio da rua, muito pior será ao tratar-se de uma mulher. 
Lá estava a senhora, na paragem do autocarro, enquanto coçava o seu pipi como se fosse a coisa mais natural do mundo (e até pode ser, mas vá, não em público onde pessoas sensíveis como eu possam ficar chocadas). É que ela nem tratou de disfarçar. A senhora até tinha um aspecto normal (não que isso signifique alguma coisa, mas sempre pode ser algo a esperar de pessoas mais "duvidosas"). Mas aquilo que é mais perturbador do que ver algo é assim é voltar a passar três horas depois pela mesma paragem e lá estar a mesma senhora. E a fazer o quê? Pois sim...

Em menos de duas semanas

Em menos de duas semanas tive 5 exames. Em menos de duas semanas dormi (muito) menos do que devia e bebi (muito) mais café do que devia. Em menos de duas semanas conheci o meu lado mais negro. Em menos de duas semanas levei-me ao limite, chorei, pensei que nada disto iria, um dia, valer a pena. Desejei que tudo parasse. E parou. Já passou.

Eu sei que poderia levar os exames numa boa. Era o que mais gostaria de conseguir fazer, não ser tão compulsiva, mas sou assim. Preciso de ter a certeza, de saber que fiz tudo o que me era possível fazer. E sou assim, uma obcecada pelos estudos :)

terça-feira, 21 de junho de 2011

segunda-feira, 20 de junho de 2011

É caso para dizer: "não se se admire o teu esforço ou se deva ficar preocupada com a tua sanidade mental"

Antes de mais tenho de admitir que eu, tal como a maior parte das mulheres, também me preocupo com a alimentação. É normal que, por muito difícil que seja, procure evitar certo tipo de alimentos. É também normal que tenha algum cuidado, que apetreche a cesta do supermercado com frutas e verduras (coisas que eu adoro e que não são nenhum sacrifício de comer. E não, não estou a ser irónica...), em vez dos apetecíveis gelados, bolachas, gomas e pizzas.
Até aqui considero uma atitude racional e perfeitamente benéfica para qualquer pessoa. Mas, a partir do momento em que se passam a desenvolver obsessões (porque não têm outro nome), aquilo que poderia ser uma inocente dieta começa a ser preocupante. É que da minha modesta opinião, levar a conta exacta das calorias que se consome por dia e planificar ao mais ínfimo pormenor cada refeição são coisas que levam a pôr em causa o estado mental das pessoas em questão.

E este post não é dirigido a ninguém em particular da blogosfera, são coisas que vejo todos os dias "ao vivo e a cores".

Dentro de aproximadamente 24 horas...

... precisarei de toda a sorte do mundo! Por enquanto, estou num estado de ansiedade que nem dá para descrever.
Adenda: não, não se trata de um exame...

sábado, 18 de junho de 2011

Modo contagem decrescente

Doze dias é o o tempo que me separa de estar em casa. Se calhar é porque este semestre foi difícil e extenuante a todos os níveis, mas o certo é que nunca estive tão ansiosa por voltar ao meu pedaço de paraíso na Terra. Não se trata de ter à minha espera umas férias de causar inveja a qualquer um (até porque se tiver sorte nem terei férias. Eu sei que parece irracional, mas faz muito sentido para mim). Mas sinto muito a falta das minhas coisas, da minha cama, do meu quarto, das pessoas e da comida da mãe.
Porque, a partir de certa altura, seis meses longe de tudo tornam-se algo difícil de suportar...

Embirro com...

... pessoas que têm fotografias suas no ambiente de trabalho. É uma mania minha estúpida, confesso, mas parece-me egocêntrico ter fotografias com o gato, o periquito ou com o/a mais-que-tudo como fundo.

Já agora, por enquanto, o meu está assim:

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Raios partam os telemóveis!

Quão frustrante será ter a porra do telemóvel to-dos os di-as (!) ao lado e apenas utilizá-lo para as futilidades do costume e, de repente, quando acontece algo importante, acham de ligar seis (!!!) vezes. Obviamente que tiveram um timming do caraças, visto que eu estava, precisamente, a nadar.
Enfim, estou indecisa quanto aos meus sentimentos. Entre um misto de raiva, frustração e tristeza, não sei qual se encaixa melhor

terça-feira, 14 de junho de 2011

Quão perturbador é...

ir aos CTT, ser atendida por um senhor (na casa dos quarenta ou mais anos!) e o mesmo tratar-te por "amor" e, no final, despedir-se dizendo dizer "beijo"?

sábado, 11 de junho de 2011

Eu sei que me vou arrepender deste post

Não se trata de inveja, mas é quase inevitável não me sentir uma esquisitóide quando todos à minha volta deram início, oficialmente, à época de namoros, saídas, amigos coloridos e outras variantes...

sexta-feira, 10 de junho de 2011

É só comigo que isto acontece? II

É possível sonhar com alguém que nunca vimos e que a esta hora já nem nos lembramos da cara ou aspecto físico que o personagem do sonho tinha, mas, mesmo assim, ter vontade de o conhecer?

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Bizarrices da "minha" cidade I

E como sou uma privilegiada que está num ponto estratégico no que diz respeito a "bizarrices" da malta universitária, decidi que há coisas que são demasiado preciosas como para caírem no esquecimento. Então vai daí e decidi criar esta nova rubrica onde passo a partilhar alguns pequenos tesouros desta Cidade (isto promete..!). 
Então para estrear, nada melhor do que contar o que vi hoje: vários pensos higiénicos perfeitamente colados à janela de um apartamento, formando um desenho digno de contemplação. Os mais incrédulos perguntar-se-ão: "Ah, e tal, mas como é que sabes que vivia ali um estudante universitário?". Resposta: uma pessoa (que não um estudante) na posse das suas capacidades mentais faria isto?

terça-feira, 7 de junho de 2011

Não podia estar mais de acordo

Incentivo

Agora e até o final do mês

A relatividade dos nossos problemas

Há poucas semanas atrás ia no autocarro com uma colega de turma e enquanto falávamos das banalidades do costume, contou-me que a sua mãe se debatia há já um ano com um cancro da mama. Não sei se ela percebeu, mas eu fiquei paralisada. Em primeiro lugar porque se trata de uma doença terrível, uma das piores que consigo imaginar. E em segundo, porque ela sempre me pareceu sorridente, sempre me pareceu estar feliz. Nesse momento tentei fazer um apanhado das nossas conversas no último ano e fui incapaz de detectar qualquer sinal de que algo tão grave estava a acontecer-lhe a ela e à sua família.
Admirei-lhe a coragem que teve para não fazer transparecer os seus problemas. Porque apesar de a mãe precisar da sua presença constante, do seu apoio e companhia, ela continua a ser a rapariga animada que sempre conheci.
E por momentos invejei-lhe essa força. Porque neste momento, entre as dificuldades financeiras e ter a minha irmã num estado de suspense quanto ao prognóstico de um problema de saúde (que pode vir a precisar de intervenção cirúrgica e de um longo e difícil processo de recuperação), sinto que o mundo desaba sob os meus pés. 
É por isso que irei tentar não ser tão fatalista, tentar ver o lado positivo. Há (deve haver) sempre alguma luz no meio da penumbra :)

domingo, 5 de junho de 2011

sábado, 4 de junho de 2011

À vezes é assim*

* e é tão frustrante, para nem sequer falar da consciência pesada... (ó stress pré-exames, a quanto obrigas...!)

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Eu sabia que seria recompensada!

É verdade que passo todo o semestre à beira de um ataque de nervos entre estudo, estudo, mais estudo, e trabalhos, mas a verdade é que não deixo nada para a última. Assim que os trabalhos vão surgindo, eles vão sendo (a muito custo) feitos, o mesmo se passa com os testes: vou estudando aos poucos e não apenas na véspera. Isto tudo para dizer que esta foi a minha última semana de aulas e enquanto grande parte dos meus colegas estavam desesperados a fazer directas para acabar tudo o que tinham pendente, sabem onde eu estive ontem e hoje? Na praia!

(seria muito maldoso da minha parte fazer tal qual uma criança "nanana"?)

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Se alguém estiver interessado/a em saber


odeio pessoas que cospem para o chão. A sério, que se passa com esta gente? É que mais vale engolirem o catarro ou escarro (como lhe queiram chamar).
Não sei se é parvoíce minha ou não, mas fico com o sistema nervoso todo alterado. E então quando é uma das primeiras coisas que vejo pela manhã, é coisa para me deixar fora de mim...

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Não interessa a idade ou distância, continuo a ser uma "menina da mamã"

Apesar de uma parte do oceano Atlântico me distanciar de casa, recebo os melhores mimos da minha mãe. Cheguei de um dia extenuante de aulas e o que é que eu tinha à minha espera, em casa? Uma caixinha dos correios, dentro da qual tinha umas quantas fatias de bolo (um de laranja e outro de nozes [que delícia!]) e dois pequenos pãezinhos que são a melhor iguaria da minha ilha: bolo do caco! A minha desgraça, portanto...!
E antes que se questionem sobre a qualidade e o estado dos mesmos, convém esclarecer que demora somente dois dias para os senhores dos CTT me fazerem chegar "presentes" destes :)