segunda-feira, 27 de junho de 2011

A propósito de fanáticas religiosas que se encontram nas paragens de autocarro*

Lembro-me que antes (quando era mais nova) rezava todas as noites antes de adormecer, lembro-me de pedir-Lhe fervorosamente por coisas, lembro-me de acreditar. Com o tempo isto foi ficando para trás. Coisas que foram acontecendo à minha volta contribuíram para a minha revolta e consequente descrédito.
Hoje não acredito que exista um Deus, ou outra entidade divina. Sem querer ferir susceptibilidades, acho que as pessoas acreditam Nele porque precisam de acreditar, precisam de ter fé em alguma coisa. Voltam-se para Ele nos momentos mais difíceis na esperança de que se depositarem as suas esperanças e vidas nesta crença, as coisas mehorarão.
(correndo o risco de parecer um pouco egocêntrica) De certa forma, acho que precisamos de ser os nossos próprios Deuses, confiar em nós e nas nossas capacidades de alcançarmos tudo o que nos propomos. Não podemos, pura e simplesmente, colocar-nos à mercê de uma abstracção e esperar que as coisas aconteçam por si.

* mais uma vez assisti a algo muito estranho na paragem de autocarro. Tratava-se de uma senhora que intercalava cânticos religiosos com ameaças e condenações à humanidade. Frases como "somos panos cheios de imundície", "vamos morrer carnal e espiritualmente por ignorar a palavra do Senhor" e outros disparates eram por ela proferidos.

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