segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Coisas (in)úteis II

Coisas que me lembro II

Etes pequenos animais são a coisa mais linda, fofa e cutxi cutxi. Li, há muito tempo atrás, que os pinguins, quando encontram o seu parceiro/a, ficam com ele/a para o resto da sua vida. Este sentimento de lealdade e fidelidade é surpreendente vindo de animais, quando nem os humanos (considerados como supostos seres racionais) o conseguem fazer. 

domingo, 30 de janeiro de 2011

Coisas (in)úteis I

Sobre o cavalheirismo


Não sou apologista da ideia de se tratar de forma diferenciada as mulheres porque "coitadinhas, são frágeis, porque são flores de estufa". Mas fica bem aos homens e nós, mulheres deste mundo, ficamos radiantes quando nos deixam passar primeiro ou quando seguram a porta por nós, quando nos deixam entrar primeiro no autocarro, quando puxam da cadeira para nos sentarmos, quando nos trazem à casa e esperam até entrarmos para irem embora. São pequeníssimos gestos, mas fico rendida quando sou alvo de tal tratamento. Mas, caros cavalheiros, não ajam desta forma apenas para com a vossa amada, não. Façam-no também a perfeitas desconhecidas ou às vossas amigas, elas agradecerão e, no seu interior, desejar-vos-ão coisas bonitas. Ser-vos-á retribuído um sorriso e contribuirão para tornar mais agradável o dia de uma rapariga. Deixem de ser machões (descansem, não se trata de perderem a vossa tão apreciada virilidade), mas vá, sejam mais simpáticos e gentis com o sexo feminino. Não deixam de ser menos homens por prestarem atenção a estes detalhes, muito pelo contrário.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Dos últimos dois dias


Nestes últimos dois dias participei numa iniciativa promovida por uma das secções da associação académica da minha Universidade. Tratava-se de um curso de formação sobre os Direitos Humanos. Sou suspeita para falar, pois adoro esta área e corresponde àquilo que pretendo fazer para o resto da minha vida. Para resumir, foi uma experiência extraordinária! Entre os participantes estavam alunos de várias partes do globo, trocámos ideias e situações vividas por cada um de nós e por outros. Fiquei totalmente rendida e (ainda mais) apaixonada por esta causa. Confesso que no início não tinha grandes expectativas e até achava que não ia sair daqui nada que valesse a pena. Muito pelo contrário, aprendi coisas que espero levar comigo para sempre e ter oportunidade de as transmitir a terceiros. O que contribuiu muito para ter gostado desta experiência foi todo o grupo que participou, durante esta actividade tive o prazer de entrar em contacto com mais pessoas inteligentes e cultas do que em todo o ano e meio que estou em Coimbra. Pronto, adorei a experiência e voltarei a participar noutra da mesma natureza assim que surgir oportunidade.
Agora estou oficialmente apta para dar formação sobre os Direitos Humanos! :D

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Das mudanças

Acho que o blog está, finalmente, como eu queria. Agora sim reflecte mais a sua pseudo escritora :)

"Homens reagem melhor se namoradas os traírem com outra mulher"


(a propósito desta notícia) Serei a única pessoa a não se importar com quem é que é/foi traída? Que diferença faz que tenha sido com uma mulher, ou um homem? Com alguém ruivo/a ou moreno/a? Gordo/a ou magro/a? É que desde a minha humilde perspectiva, nada muda o facto de ser enganada, trocada por outro/a, continua a ser uma traição, independentemente das características do/a amante. E seja quais forem as circunstâncias, é algo imperdoável e nada poderá servir de pretexto para atenuar ou remendar a situação.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Um apelo

Há quem se interesse por política, há quem goste de economia, há quem prefira a religião ou até o desporto. Eu, pelo contrário, tenho uma inclinação por causas relacionadas com os direitos humanos, sobretudo os referentes aos ataques e à discriminação que os homossexuais são alvo por todo o mundo.
Para citar as palavras de Paula Cosme Pinto: "E quando vejo estes crimes de puro ódio e preconceito, é o que me ocorre. Uma profunda vergonha" (a propósito disto: Lésbicas "curadas" com "violações corretivas").
Confesso que sou muito pouco tolerante quando alguém ousa fazer comentários menos simpáticos sobre estas questões na minha presença. Já ouvi muita coisa, de entre as quais "preferia que o meu filho fosse drogado que homossexual". Pessoalmente, faz-me muita confusão como se pode formar este ódio generalizado por aqueles que, devido à sua orientação sexual, são rotulados como portadores de uma doença, como atentarem contra a ordem natural das coisas, como indo contra a vontade de um deus. Nunca irei compreender o que leva  muitas pessoas a terem este tipo de pensamentos e muito menos os crimes horrendos que são cometidos numa tentativa de (penso eu) punir e corrigir algo que não é uma escolha, algo que não partiu de uma decisão ou de um processo de reflexão. Ninguém acorda e diz para si mesmo "Pronto, está um bonito dia e apetece-me ser homossexual". Acredito que seja um processo difícil até as próprias pessoas aceitarem a sua orientação sexual, até compreenderem que afinal gostam de alguém do mesmo sexo, para nem sequer mencionar a angústia de ser julgado, de ser olhado de forma diferente por aqueles que antes se diziam nossos amigos.
Há uns tempos atrás, numa discussão sobre este assunto, dizia eu que, em qualquer caso, trata-se de amor, de um amor entre pessoas do mesmo sexo. Mas e depois? É por isto que estes sentimentos são menos válidos? Deixam de ser verdadeiros ou puros por se tratar de duas mulheres ou de dois homens? Seja qual for o sexo das pessoas envolvidas numa relação, pressuponho que ambas se gostam mutuamente e que querem ser felizes. E todas as pessoas merecem a oportunidade de viver o amor das suas vidas. E de ser felizes, muito felizes!

E por isso, aos poucos que passam por aqui e se dão ao trabalho de lerem os meus devaneios, peço que gastem 30 segundos aqui e assinem a petição. Pode não valer de nada, pode nem chegar ao seu destino, mas, por outro lado, pode ser que ajudemos a salvar uma vida. Pode ser que possamos mudar isto.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011


Preciso de imprimir esta imagem e colocá-la num lugar estratégico de modo a ser a primeira coisa que veja ao acordar. Às vezes, apenas são necessárias palavras inspiradoras, transmissoras de força e optimismo, que nos fazem acreditar mesmo que por breves minutos, que somos capazes, que tudo ficará bem. 
Não me vou queixar sobre as coisas que correm mal ou sobre os sonhos e planos que a vida deita por terra. Não. Vou levantar-me, erguer a cabeça e seguir o meu caminho, tal como já antes fiz. A pouco e pouco vou definindo o meu trajecto. Tentarei, ao longo do meu percurso, surpreender-me a mim própria e orgulhar-me das minhas escolhas. No final, quero sentir-me realizada, saber que não poderia ter feito melhor, ter a certeza que aproveitei as oportunidades que me foram dadas. Saber que valeu a pena, sem arrependimentos.

Ambrósio, apetecia-me algo...


Porque é que as minhas variações de humor estão susceptíveis e desejos deste tipo? Porquê? Porquê? *sinf*

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Sobre os (des) amores

Admito, sou uma romântica incurável. Não acredito em príncipes encantados, nem tenho esperanças em vir encontrar um, mas os meus olhos cintilam quando ouço histórias de verdadeiro amor. Seja ao ver um filme ou na "vida real", deixo escapar um suspiro e um ligeiro ai.
Muito provavelmente, este meu estado de lamechice crónica remonta aos meus tempos de infância, onde iniciei a minha jornada pelos filmes da Disney e que ainda hoje faço questão de manter. Deve ser por isto que, aos olhos dos incrédulos, passo por ingénua ou utópica. Acredito que é possível encontrar alguém que será a nossa pessoa para toda a vida, não se trata de uma cara-metade, ou de uma alma gémea, mas alguém que nos preenche, que nos entende, que nos quer bem, alguém que nos seja especial e que ocupe para sempre um lugar dentro de nós. É por isto que não posso ficar indiferente ao ver o rumo que as novas gerações (agora pareço uma velha a falar) estão a levar o Amor. É mais do que frequente encontrar 'casais' que estão juntos por conveniência, nenhum dos dois tem namorado/a, então dá jeito ficarem juntos até encontrarem O/A tal. Há outros em que se confunde 'atracção' com sentimentos, e então aí, os resultados são nefastos para uma das partes. E isto sem esquecer, também, as novas variâncias que têm vindo a surgir nos últimos tempos: "não namoramos, estamos a andar", "não estou numa relação, estamos a curtir", "relação aberta", "amigos coloridos" e outros que tais. Serei eu a única pessoa a não entender nada destes novos conceitos, nem em que casos se aplicam, como são geridos, ou como surgem? 
E é então que eu me recuso a vir algum dia a aplicar um destes princípios atrás enunciados. Porque apesar de ser cada vez mais difícil encontrar homens decentes (é verdade, escusam de dizer o contrário), acredito que devem andar alguns destes exemplares por este mundo fora. Sei que não sou uma jóia de moça, mas também nego-me perder as esperanças e contentar-me com qualquer um, só porque sim. O Amor pode vir a ser uma coisa realmente bonita, fonte dos sentimentos e acções mais puras que os Homens serão alguma vez autores, mas quando se reveste de sinceridade, de boas intenções e de carinho, muito carinho.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Balanço do 1º semestre

  • as galinhas descendem dos dinossauros
  • se tivermos frio, as folhas de jornal aquecem-nos
  • a análise às notícias de um jornal é capaz de resultar num trabalho de 110 páginas
  • o café pode ser o nosso melhor amigo
  • quando reproduzido, um bem cultural perde a sua aura
  • existem três tipos de suicídio
  • aprendi algumas asneiras em Italiano
  • um dos meus professores esforçou-se em aprofundar os conhecimentos já adquiridos no ano passado relativamente aos seus filhos
  • para além de inteligentes, tenho professores com um sentido de humor muito apurado. - Professor aos poucos alunos que estavam na aula: "Imaginem que eu entrava nu pela sala..."
  • outro dos meus professores acha que tem muito charme e não se cansa de passar as mãos pelo cabelo e colocar-se em posições um pouco estranhas durante as aulas
  • gosto de professores que saibam o meu nome
  • faço gestos faciais que expressam o meu desacordo com aquilo que os professores dizem, e estes notam
E depois de altos e baixos, de crises existenciais e de momentos marcados pela estupidez, esperemos que o próximo semestre seja tão produtivo quanto este

    sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

    Eu sei o que é...


    Eu sei o que é viver com o coração nas mãos. Sei o que é recear pelo comportamento dos outros e pelas suas consequências. Sei o que é necessitar de estar atenta a algum barulho estranho ou ao completo silêncio. E mesmo agora que parte do Oceano Atlântico me separa de casa, isto não desaparece. E neste momento, a breves minutos de ir ter com as minhas amigas e quando me deveria estar a sentir feliz e aliviada por ter acabado os exames, sinto completamente o oposto. Não que isto interesse a ninguém, mas  a finalidade deste blogue foi precisamente o de desabafar aquilo que não sou capaz de fazer com mais ninguém e pode ser que verbalizar os meus devaneios (me) faça algum bem.
    Sei que não devo levar o peso do mundo às costas, muito menos quando não sou eu a agir mal, mas é inevitável. Porque essas acções, directa ou indirectamente, recaem sobre mim, sobretudo quando os outros não conseguem dissociar o meu comportamento do dele.
    Porque a família nem sempre é o seio das nossas alegrias nem fonte das nossas boas recordações. E eu nunca saberei o significado disto...

    domingo, 9 de janeiro de 2011

    Geek mode on

    (fotografia tirada por mim)

    Queridas álgebra, estatística e funções, sei que temos tido uma relação muito conturbada, mas começo a gostar de vocês.  Os vossos gráficos, tabelas e símbolos variados começam a parecer-me engraçados e até gosto que sejam a minha companhia durante horas. Mas vejam lá, a 24 horas para o exame, não me desiludam, pode ser?

    sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

    Parabéns, O.

    (foto de 2007)

    19 anos de vida, e quatro deles de amizade, da nossa amizade. apesar dos 200 kms que nos separam, a nossa cumplicidade não se desvaneceu, muito pelo contrário. tenho muito orgulho em ti e não me canso de dizer-to. és especial. és inteligente e carinhosa. és divertida. és linda. és a minha melhor amiga

    quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

    I'm freaking out


    É oficial, estou a passar-me. Se até agora tinha lidado bem com o facto de ter quatro (!!!) exames numa semana, agora estou a entrar em pânico.
    Entre álgebra, estatística, indústrias culturais, Karl Marx, Émile Durkheim, Max Weber, Michael Schudson, Norman Fairclough, ACD's, James Carey e outros que tais, sinto a minha massa cefálica derreter aos poucos...

    domingo, 2 de janeiro de 2011

    Coisas que eu me lembro I


    Não gosto de receber postais vazios, sem nenhum texto escrito, sem nenhum "felicidades" ou outra coisa qualquer. Geralmente, quando ofereço um postal em alguma época especial, preencho todo o seu espaço em branco. Gosto de expressar-me num postal, gosto de imaginar o sorriso que  outra pessoa esboçará ao ler as as minhas palavras. E isto para mim não tem o mesmo significado que um daqueles cartões virtuais ou um e-mail. Um postal ou uma carta podemos tocar, guardar, sentir-lhe a textura e, em alguns casos, ouvir a sua melodia  Não há como receber, pelo correio ou pessoalmente, um texto escrito por outra pessoa, apreciar a sua caligrafia, os smiles, as palavras utilizadas, ...

    sábado, 1 de janeiro de 2011

    01.01.2011


    É um novo ano e, ao contrário da maioria das pessoas, não me sinto diferente. Não fiz nenhuma resolução para 2011 e não pedi nenhum desejo. Não significa que não tenha sonhos e objectivos (porque tenho, e muitos), mas trago-os bem juntinhos de mim e não me parece que pronunciá-los em voz alta vá facilitar o seu (meu) processo de concretização.
    Como até aqui deve ter dado para perceber, a passagem de ano não tem nenhuma carga simbólica para mim. Tenho, até, dificuldade em celebrar a passagem de um segundo (porque sim, a passagem de ano é isso mesmo, a diferença de um segundo), em que as pessoas são levadas (quase que por um impulso e força do colectivo) a festejar até de madrugada, beber e fazer promessas que não irão cumprir. Sim, eu sei que pareço um bocadinho (muito) anti-social, mas é assim, não sinto necessidade de fazer pedidos ou de elaborar projectos apenas por se tratar de um dia "especial", só porque sim.
    Pretendo, pelo contrário, mudar a minha vida várias vezes ao longo do ano, e espero que esta necessidade permaneça comigo para sempre.
    2011 será um ano com algumas mudanças, com novos planos, mas que não são fruto de uma súbita decisão, são pequeninos objectivos recolhidos ao longo de 2010 que poderão agora ser aplicados.