quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Um apelo

Há quem se interesse por política, há quem goste de economia, há quem prefira a religião ou até o desporto. Eu, pelo contrário, tenho uma inclinação por causas relacionadas com os direitos humanos, sobretudo os referentes aos ataques e à discriminação que os homossexuais são alvo por todo o mundo.
Para citar as palavras de Paula Cosme Pinto: "E quando vejo estes crimes de puro ódio e preconceito, é o que me ocorre. Uma profunda vergonha" (a propósito disto: Lésbicas "curadas" com "violações corretivas").
Confesso que sou muito pouco tolerante quando alguém ousa fazer comentários menos simpáticos sobre estas questões na minha presença. Já ouvi muita coisa, de entre as quais "preferia que o meu filho fosse drogado que homossexual". Pessoalmente, faz-me muita confusão como se pode formar este ódio generalizado por aqueles que, devido à sua orientação sexual, são rotulados como portadores de uma doença, como atentarem contra a ordem natural das coisas, como indo contra a vontade de um deus. Nunca irei compreender o que leva  muitas pessoas a terem este tipo de pensamentos e muito menos os crimes horrendos que são cometidos numa tentativa de (penso eu) punir e corrigir algo que não é uma escolha, algo que não partiu de uma decisão ou de um processo de reflexão. Ninguém acorda e diz para si mesmo "Pronto, está um bonito dia e apetece-me ser homossexual". Acredito que seja um processo difícil até as próprias pessoas aceitarem a sua orientação sexual, até compreenderem que afinal gostam de alguém do mesmo sexo, para nem sequer mencionar a angústia de ser julgado, de ser olhado de forma diferente por aqueles que antes se diziam nossos amigos.
Há uns tempos atrás, numa discussão sobre este assunto, dizia eu que, em qualquer caso, trata-se de amor, de um amor entre pessoas do mesmo sexo. Mas e depois? É por isto que estes sentimentos são menos válidos? Deixam de ser verdadeiros ou puros por se tratar de duas mulheres ou de dois homens? Seja qual for o sexo das pessoas envolvidas numa relação, pressuponho que ambas se gostam mutuamente e que querem ser felizes. E todas as pessoas merecem a oportunidade de viver o amor das suas vidas. E de ser felizes, muito felizes!

E por isso, aos poucos que passam por aqui e se dão ao trabalho de lerem os meus devaneios, peço que gastem 30 segundos aqui e assinem a petição. Pode não valer de nada, pode nem chegar ao seu destino, mas, por outro lado, pode ser que ajudemos a salvar uma vida. Pode ser que possamos mudar isto.

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