terça-feira, 27 de setembro de 2011

Quando se tem um dia inteiro de aulas não queremos saber das noites académicas e apenas ansiamos por nisto

Vocação ou a falta dela

Acredito que cada estudante terá a sua opinião sobre os professores que os acompanham durante o seu trajecto. Afeição, admiração, respeito, aborrecimento, medo e tantos outros são os sentimentos que podemos nutrir por eles.
No fundo, o modo como nos posicionamos perante um professor universitário é algo de muito subjectivo, para onde divergem o grau de identificação e o gosto pela disciplina que lecciona. Mas, sentimentos à parte, nem todos os docentes têm (ou pelo menos mostram) paixão pelo ensino. Acho que, na verdade, são poucos aqueles que têm realmente vocação na profissão que desempenham.
Ao longo do curso tenho tido de tudo um pouco: os desorganizados, os que parecem vindos de outra dimensão, os que, com palavras menos simpáticas, fizeram com que sentisse que não tinha valor nenhum e os que se contradizem constantemente.
Mas depois há aqueles que têm um efeito hipnotizante, que cativam a nossa atenção e pelos quais ansiamos as suas aulas. Aqueles que mesmo sem intenção fazem com que admiremos a sua inteligência e cultivam nos alunos o gosto pela aprendizagem e o desejo de um dia vir a ser um pouquinho como eles.

domingo, 25 de setembro de 2011

It's tea time!

Até agora não gostava de beber nenhum tipo de chá. Como apenas o bebia quando me sentia indisposta, sempre associava este líquido ao estar doente (estúpido, não?).
Ultimamente, o meu sistema nervoso está contra mim e não me deixa dormir sossegadita. Vai daí que, atentando às extensas propriedades do chá, decidi que era hora de deixar de ser esquisita e incluir uma chávena ao meu ritual nocturno.
É por isso que agora, munida de um chá xpto (de uma loja também ela xpto), confesso começar a gostar deste hábito que estou a criar e já tenho uns quantos em mente para provar :)


sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Em jeito de sugestão

Constatação


Eu poderia tornar-me vegetariana!
A ti, cantina universitária, obrigada e até sempre.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

terça-feira, 20 de setembro de 2011

"É mais fácil ser amiga de um homem"*

Confesso que sempre admirei a amizade que os homens têm entre si. Sem rodeios, invejas, calúnias, diz-que-disse e falsidades, a amizade que estes mantêm consegue ser mais genuína que aquela que muitas mulheres aparentam sentir umas pelas outras.
E é por isso mesmo que, do topo da minha maturidade, me rendo à sabedoria da minha mãe: "é mais fácil ser amiga de um homem..."

*amizade esta sem a denominada "tensão sexual", assim como as suas ramificações mais ou menos coloridas. Amizade fundada nisso mesmo, na amizade

Inspiração para hoje

‎"Se não gostas de alguma coisa, muda-a. Se não a podes mudar muda a tua atitude. Não te queixes."
Maya Angelou

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Iniciar um final

Iniciativa, perspectiva e motivação são, geralmente, algumas das qualidades que se tem quando iniciamos um projecto desejado ou quando começamos uma nova fase. Precisamente há dois anos atrás era assim que podia descrever-me.
Em 16 de Setembro de 2009 sobrevoei o Atlântico e preparava-me para ser uma universitária (lembro-me de sentir-me adulta, independente). Entre boas e más experiências, cá estou eu, uma finalista a terminar algo que parece ainda ontem ter começado! Não sei onde, nem como estarei dentro de dois anos, mas desejo ter sempre um pouco daquela rapariga que saiu debaixo das asas da mãe-galinha e que aprendeu a valer-se por si própria.
Neste momento, perante aquele que se apresenta como o derradeiro ano da licenciatura, incerteza, receio e uma  certa nostalgia são os sentimentos que marcam o início deste final, com prognóstico de agravamento com o passar dos meses.

domingo, 11 de setembro de 2011

A verdade sobre as escolhas dos homens explicada em poucas palavras

"Afinal, qual é a geração à rasca?"*

Da autoria duma jovem de 62 anos:
"Geração à rasca foi a minha.
Foi uma geração que viveu num país vazio de gente por causa da emigração e da guerra colonial, onde era proibido ser diferente ou pensar que todos deveriam ter acesso à saúde, ao ensino e à segurança social.
Uma Geração de opiniões censuradas a lápis azul. De mulheres com poucos direitos, mas de homens cheios deles. De grávidas sem assistência e de crianças analfabetas. A mortalidade infantil era de 44,9%. Hoje é de 3,6%.
Que viveu numa terra em que o casamento era para toda a vida, o divórcio proibido, as uniões de facto eram pecado e filhos sem casar uma desonra.
Hoje, o conceito de família mudou. Há casados, recasados, em união de facto, casais homossexuais, monoparentais, sem filhos por opção, mães solteiras porque sim, pais biológicos, etc.
A mulher era, perante a lei, inferior. A sociedade subjugava-a ao marido, o chefe de família, que tinha o direito de não autorizar a sua saída do país e que podia, sem permissão, ler-lhe a correspondência.
Os televisores daquele tempo eram a preto e branco, uns autênticos caixotes, em que se colocava um filtro colorido, no sentido de obter melhores imagens, mas apenas se conseguia transformar os locutores em "Zombies" desfocados. 
Hoje, existem plasmas, LCD ou Tv com LEDs, que custam uma pipa de massa.
Na rádio ouviam-se apenas 3 estações,  a oficial Emissora Nacional, a católica Rádio Renascença e o inovador Rádio Clube Português. Não tínhamos os Gato Fedorento, só ouvíamos Os Parodiantes de Lisboa, os humoristas da época.
Havia serões para trabalhadores todos os sábados, na Emissora Nacional, agora há o Toni Carreira e o filho que enchem pavilhões quase todos os meses. A Lady Gaga vem cantar a Portugal e o Pavilhão Atlântico fica a abarrotar. Os U2, deram um concerto em Coimbra em 2010, e UM ANO antes os bilhetes esgotaram.
As Docas eram para estivadores, e o Cais do Sodré para marujos. Hoje são para o JET 7, que consome diariamente grandes quantidades de bebidas, e não só...
O Bairro Alto, era para a malta ir às meninas, e para os boémios. Éramos a geração das tascas, do vinho tinto, das casas do fado e das boites de fama duvidosa. Discotecas eram lojas que vendiam discos, como a Valentim de Carvalho, a Vadeca ou a Sasseti.
As Redes Sociais chamavam-se Aerogramas, cartas que na nossa juventude enviávamos lá da guerra aos pais, noivas, namoradas, madrinhas de guerra, ou amigos que estavam por cá.
Agora vivem na Internet, da socialização do Facebook, de SMS e E-Mails cheios de "k" e vazios de conteúdo.
As viagens Low-Cost na nossa Geração eram feitas em Fiat 600, ou então nas viagens para as antigas colónias para combater o "inimigo".
Quem não se lembra dos celebres Niassa, do Timor, do Quanza, do Índia entre outros, tenebrosos navios em que, quando embarcávamos, só tínhamos uma certeza... ...a viagem de ida.
Quer a viagem fosse para Angola, Moçambique ou Guiné, esses eram os nossos cruzeiros.
Ginásios Só nas coletividades. Os SPAS chamavam-se Termas e só serviam doentes.
Coca-Cola e Pepsi, eram proibidas, o "Botas", como era conhecido o Salazar, não nos deixava beber esses líquidos. Bebíamos, laranjada, gasosa e pirolito. 
Recordo que na minha geração o País, tal como as fotografias, era a preto e branco.
A minha geração sim, viveu à rasca. Quantas vezes o meu almoço era uma peça de fruta (quando havia), e a sopa que davam na escola. E, ao jantar, uma lata de conserva com umas batatas cozidas, dava para 5 pessoas.
Na escola, quando terminei o 7ºano do Liceu, recebi um beijo dos meus pais, o que me agradou imenso, pois não tinham mais nada para me dar. Hoje vão comemorar os fins dos cursos, para fora do país, em grupos organizados, para comemorar, tudo pago pelos paizinhos... brutos carros, Ipad's, Iphones, PC's, .... E tudo em quantidade. Pago pela geração que hoje tem a culpa de tudo!!!"

* recebido por e-mail

sábado, 10 de setembro de 2011

Posso voltar aonde era feliz?

Tal qual filho pródigo que retorna à casa, cá estou eu de volta porque necessito de exorcizar pensamentos ou, simplesmente, dar-lhes uma forma abstracta.
Não tem ainda uma semana que parti de casa e já quero voltar. Não gosto daqui, nem da forma como me faz sentir. Depois de dois meses no conforto do meu lar, da companhia constante, do sentir-me amada e protegida, estou de volta para onde, apesar de rodeada por pessoas, me sinto sozinha. E isto vai, de forma silenciosa, corroendo-me por dentro. Gostava que esta dor abandonasse a minha cabeça e o meu espírito, preferia antes que ela se expressasse fisicamente, que me dilacerasse as entranhas. Penso que, pelo menos assim, seria mais fácil de a tratar ou explicar.
Sei que preciso de fazer alguma coisa, caso contrário a pessoa que sou (ou o pouco que sobra de mim) vai desaparecer aos poucos e no seu lugar ficará alguém amargo, um morto-vivo...