sábado, 10 de setembro de 2011

Posso voltar aonde era feliz?

Tal qual filho pródigo que retorna à casa, cá estou eu de volta porque necessito de exorcizar pensamentos ou, simplesmente, dar-lhes uma forma abstracta.
Não tem ainda uma semana que parti de casa e já quero voltar. Não gosto daqui, nem da forma como me faz sentir. Depois de dois meses no conforto do meu lar, da companhia constante, do sentir-me amada e protegida, estou de volta para onde, apesar de rodeada por pessoas, me sinto sozinha. E isto vai, de forma silenciosa, corroendo-me por dentro. Gostava que esta dor abandonasse a minha cabeça e o meu espírito, preferia antes que ela se expressasse fisicamente, que me dilacerasse as entranhas. Penso que, pelo menos assim, seria mais fácil de a tratar ou explicar.
Sei que preciso de fazer alguma coisa, caso contrário a pessoa que sou (ou o pouco que sobra de mim) vai desaparecer aos poucos e no seu lugar ficará alguém amargo, um morto-vivo...

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