segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Sobre os (des) amores

Admito, sou uma romântica incurável. Não acredito em príncipes encantados, nem tenho esperanças em vir encontrar um, mas os meus olhos cintilam quando ouço histórias de verdadeiro amor. Seja ao ver um filme ou na "vida real", deixo escapar um suspiro e um ligeiro ai.
Muito provavelmente, este meu estado de lamechice crónica remonta aos meus tempos de infância, onde iniciei a minha jornada pelos filmes da Disney e que ainda hoje faço questão de manter. Deve ser por isto que, aos olhos dos incrédulos, passo por ingénua ou utópica. Acredito que é possível encontrar alguém que será a nossa pessoa para toda a vida, não se trata de uma cara-metade, ou de uma alma gémea, mas alguém que nos preenche, que nos entende, que nos quer bem, alguém que nos seja especial e que ocupe para sempre um lugar dentro de nós. É por isto que não posso ficar indiferente ao ver o rumo que as novas gerações (agora pareço uma velha a falar) estão a levar o Amor. É mais do que frequente encontrar 'casais' que estão juntos por conveniência, nenhum dos dois tem namorado/a, então dá jeito ficarem juntos até encontrarem O/A tal. Há outros em que se confunde 'atracção' com sentimentos, e então aí, os resultados são nefastos para uma das partes. E isto sem esquecer, também, as novas variâncias que têm vindo a surgir nos últimos tempos: "não namoramos, estamos a andar", "não estou numa relação, estamos a curtir", "relação aberta", "amigos coloridos" e outros que tais. Serei eu a única pessoa a não entender nada destes novos conceitos, nem em que casos se aplicam, como são geridos, ou como surgem? 
E é então que eu me recuso a vir algum dia a aplicar um destes princípios atrás enunciados. Porque apesar de ser cada vez mais difícil encontrar homens decentes (é verdade, escusam de dizer o contrário), acredito que devem andar alguns destes exemplares por este mundo fora. Sei que não sou uma jóia de moça, mas também nego-me perder as esperanças e contentar-me com qualquer um, só porque sim. O Amor pode vir a ser uma coisa realmente bonita, fonte dos sentimentos e acções mais puras que os Homens serão alguma vez autores, mas quando se reveste de sinceridade, de boas intenções e de carinho, muito carinho.

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