domingo, 29 de maio de 2011

A propósito das últimas notícias que têm andado a circular

São raparigas que se esfaqueiam e que se pontapeiam umas às outras e eu apenas consigo lembrar-me que, durante os anos dourados da minha adolescência, eu e a minhas amigas éramos do mais parvinhas e inocentes que se pode imaginar. É que não havia sequer lugar para concebermos pensamentos tão maldosos e brutais. Os momentos que passávamos juntas eram para "aparvalhar"; quando não estávamos a congeminar teorias sobre todas as pessoas ou a falar dos últimos acontecimentos de relevância social da escola, inventávamos nomes para tudo. Sim, isso mesmo. O nosso grupo tinha um nome, dentro do qual cada uma tinha uma designação (do mais estúpida que há, do género "meeeehlabalaba"). E depois tínhamos a nossa própria constituição, redigíamos planos revolucionários em contestação aos professores e estipulávamos os princípios pelos quais nos regíamos (vendo bem acho que tínhamos demasiado tempo livre...). Mas foram bons tempos! Admito que, por vezes, tenhamos sido algo mesquinhas nalgumas situações, mas é o que acontece quando se juntam 5 jovens raparigas numa escola onde todos se conhecem.

É por isso que não posso deixar de ficar triste quando vejo que há adolescentes que têm acções do mais macabro que há e que, à custa disso, vêem a sua vida arruinada para sempre. Não é preciso optarem por uma adolescência de um nível de parvoíce acima da média, como a minha, mas estas notícias não deveriam ser um relato das acções de ninguém, muito menos de crianças.

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